‘A agilidade foi crucial’, diz mulher socorrida pela PM após dar à luz em rodovia
A auxiliar administrativa Fernanda do Nascimento, de 40 anos, deu à luz ao filho prematuro, Enzo do Nascimento Faustino, enquanto ela e o marido estavam a caminho do hospital na tarde desta quinta-feira, na Rodovia dos Imigrantes. O atendimento foi realizado por equipes da Polícia Rodoviária Militar e da concessionária Ecovias.
Após o parto, um helicóptero Águia da Polícia Militar foi utilizado para transportar a mãe e o bebê para o Hospital Estadual Mandaqui, na zona norte de São Paulo, onde seguem internados.
“Queria agradecer pelo suporte que tivemos do Governo do Estado, através da Polícia Militar e da Secretaria de Saúde. Estou imensamente grata pela agilidade. Foi crucial, primeiramente para o Enzo”, afirmou a mãe, que está na enfermaria obstétrica da unidade. Enzo está na UTI neonatal e seu quadro é estável.
Fernanda entrou em trabalho de parto por volta das 11h45, na altura do km 27 da Imigrantes, no sentido capital. Moradora de São Vicente, na Baixada Santista, ela havia sentido contrações e, por isso, estava a caminho do Hospital do Servidor, na capital.
Ao perceber que a criança estava prestes a nascer, o pai, Jailson de Oliveira Faustino, que é policial penal, parou no acostamento, próximo a um posto da Polícia Militar Rodoviária, e pediu ajuda.
“No trajeto, estourou a bolsa e ela sentiu que estava saindo. Parei na pista de subida e o posto era do outro lado, na pista de descida, mas um policial me viu e, ao perceber a situação, já chamou as equipes e a Ecovias. Pouco depois o socorro chegou e já tomou conta. Uma equipe maravilhosa, sem palavras. Eu estou bem aliviado”, contou Faustino.
Alexandre Bueno da Silva, mais conhecido como Cabo Bueno, foi o policial que primeiro prestou auxílio a Fernanda. “Atender uma ocorrência onde uma vida se inicia é muito gratificante, satisfatório e não tem preço que pague isso. No momento, eu procurei acalmar a mãe e pedi para ela fazer força, até a criança nascer”, contou o cabo, que também chegou a fazer massagem cardíaca no bebê até a chegada da equipe médica.
“Chegamos no local, fizemos uma limpeza das vias aéreas na criança e o corte do cordão umbilical. Depois, a maior preocupação era com o aquecimento do recém nascido. Ele estava hipotérmico, sem reação aos estímulos e com baixa oxigenação. Então decidimos pela entubação”, relatou o Dr. Guilherme Dias, coordenador médico da Ecovias e socorrista que atendeu a paciente.
Devido à gravidade da situação, foi solicitado apoio do helicóptero Águia da Polícia Militar para levar o bebê e a mãe para o hospital. “A gente reverteu a parada respiratória e conseguimos estabilizar a criança. Optamos por fazer um transporte rápido do bebê, o comando de operações da Polícia Militar fez a regulação para o Hospital do Mandaqui. A equipe do hospital foi fantástica, já estava nos esperando prontamente com todo o equipamento necessário no heliponto. Nós só fizemos o desembarque da criança e prontamente voltamos para resgatar a mãe”, relatou o médico Raphael Gargiulo Caggiano, da equipe médica do Águia.
O Diretor Geral da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (ARTESP), Milton Persoli, explicou que o protocolo para atendimentos a casos como esses está previsto nos contratos de concessão.
“O tempo de chegada ao local, a qualidade do atendimento, além de toda a infraestrutura utilizada, como ambulância, profissionais e equipamentos, são itens previstos em contrato que são fiscalizados de perto pela Agência Reguladora. Eles fazem toda a diferença nos serviços prestados para todos aqueles que utilizam as rodovias concedidas paulista”, afirmou.